" SÃO JOÃO BAPTISTA "
São João Baptista,
depois de Jesus, foi um dos maiores homens da História.
Foi o grande
“Percursor” de Jesus, de quem era “parente próximo, seis meses
mais idoso.
Antecipou-se a
Jesus com a altíssima missão de lhe preparar o percurso.
São João esteve
retirado no deserto para fazer a sua provação de sacrifício.
Foi João quem deu
aos homens os primeiros conhecimentos sobre a divina Missão de
Jesus.
Falava com a máxima
veemência e dizia de Jesus que «nem
digno seria de Lhe apertar a correia da sandália».
Era filho de Isabel
e Zacarias, sacerdote no Templo. O casal vivia em Paz e feliz apesar
de não possuir filhos; esperança que ocultamente acalentava.
São João Baptista
é o Santo da Cidade do Porto e de outras Cidades portuguesas,
reserva-lhe o seu Feriado Municipal para celebrar o dia, com enorme
noitada, toda preenchida de tradições, seguidas por compacta
multidão que faz uso do vinho verde, da broa e da sardinha assada
com abundância, seguindo religiosamente a tradição.
Pelas ruas são
vendidas ervas aromáticas aos molhinhos: Cidreira, alfazema,
alfádega, «alhos porro», vasinhos de «manjerico» etc.
Há música em
abundância, marchas populares, ranchos que dançam em roda e cantam
quadras tradicionais e improvisadas, dedicadas ao Santo, à noitada e
à animação.
Noitada esfusiante!
A noitada que é
vivida intensamente por todo o Norte de Portugal sendo muitas as
terras que lhe dedicaram o «padroado, «o nome», o «dia santo» ou
o feriado municipal.
Os rapazes no seu
bairro ou aldeia, fazem sempre uma cascata, que é um pequeno monte
em barro disposto em trono coberto de musgo. Ao centro, São João
preside à cascata de que fazem parte figuras minimalistas de barro
pintado, pastores, carneirinhos, coreto com banda de música etc.
A cascata
representa a vida quotidiana do povo em eras passadas.
A cascata de São
João é o centro das Festas populares. E as cidades dedicam-lhe as
maiores festas do Norte de Portugal enquanto quase todas as aldeias
lhe dedicam pequenos festejos com noitada de véspera e uma grande
fogueira que o povo acende ao anoitecer enquanto lança pelos ares,
foguetes e fogo de artifício.
O Povo suspende
pelos ares cordéis com balões iluminados e enfeites e fazem subir,
balões de São João, adquiridos na mercearia próxima.
Certo dia Herodes
deu uma festa que terminaria em música, bailado e grande banquete.
Como bailarina,
exibiu-se Salomé a filha da mulher que Herodes roubara ao irmão.
Salomé dançou
primorosamente e no fim, ao cumprimentar Herodes, este disse-lhe:
«- Foz-te inexcedível! Pede-me o que quiseres
que eu te darei.»
Salomé
surpreendida e não sabendo o que pedir dirigiu-se à mãe para que a
ajudasse na escolha da prenda que pediria.
«-Pede-lhe a cabeça de João!»
Herodes, que na
presença de tanta gente, não podia retroceder viu-se compelido a
cumprir a promessa.
Dentro de instantes
já chegava ao salão a cabeça de João numa rica salva de prata.
João, numa das
suas pregações tinha verberado o procedimento de Herodes acusando-o
de não de não respeitar o compromisso entre o irmão e a mãe de
Salomé, Herodíade e aproveitou ocasião para exercer vingança
viperina.
São João, tinha
convivido com Jesus apenas na infância e não sabia se reconheceria
Jesus quando Ele se apresentasse para ser baptizado; até que numa
noite, em sonho lhe foi dito que durante o Baptismo Jesus se daria a
conhecer.
No momento em que
São João lançava a água na cabaça de Jesus, viu que o Divino
Espírito Santo, em forma de pomba descia sobre Jesus e ao mesmo
tempo que uma voz, vinda do Céu se fazia ouvir, dizendo:
«- Este é o meu Filho muito amado em quem pus
todo o meu enlevo!»
m c santos leite