«Quando
Deus quer; nem sonhar é preciso, para que a obra nasça!
Frei
Bernardo nem sonhava que um dia viria a ser monge beneditino mas, foi
na flor da idade e a caminho de receber Ordens de Missa, quando a
morte o surpreendeu!
Bernardo
nasceu em 1902 e faleceu em1932, em Cabeceiras de Bastos, na “Casa
dos Marvões”, «cavaleiros heróicos, da
Cruzada».
E
foi desde tenra idade acompanhado, pelos desvelos da mãe.
Os
primeiros tempos de Bernardo foram de uma criança débil
e isso ajudou a que cedo conquistasse os carinhos da irmã.
Maria
Bárbara, que se tornou numa segunda mãe e, na doença,
preciosa enfermeira.
Nas
férias integrava-se tanto no ambiente acolhedor da Família,
que a acompanhava nas fainas da casa agrícola, aproximando-se
da ruralidade social envolvente.
O
cariz de poeta nato do jovem Bernardo levava-o a apreciar a vida
campesina,
«Num
passo vacilante, num momento,
Ao
pé de mim, em grande quebramento,
Um
pobre surge - a pena que me faz!
Dou-lhe
uma esmola – e sou o agradecido;
-
Eu confortei-lhe o corpo enrijecido
Ele,
na sua bênção, deu-me Paz!
Mostrava
em pormenor o carácter bondoso da Mãe.
Das
carências do Povo não podiam ser-lhe estranhos o modo de
vida dos vizinhos regra geral pobre e sem futuro.
Por
Coimbra as coisas não iam melhor e pagava alto preço em
sofrimento.
A
doença limitando-lhe o tempo de estudo, fez com que se
dedicasse mais à meditação e a vida monástica
acabou por envergar o hábito de monge beneditino e um deles
confessara:
«-
Frei «Bernardo, já nascera santo.»
M. C. Santos
Leite
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