terça-feira, 26 de março de 2013

NAS ASAS DO VENTO

Rosas para Maria

Não sei mesmo quantas rosas 
Eu Te consigo oferecer: 
Uma mão cheia, 
Um braçado,
Um cesto bem recheado 
a não mais poder conter.
Não são vulgares estas rosas
De que falo no meu jeito.
São daquelas escondidas,
Perfumadas, das mais lindas
Do jardim que há no meu peito.
Podem nascer no Inverno
Ou no pino do Verão,
quando chega a Primavera
E o Outono ao coração.
Abrem mesmo sem sol,
Brotam sem água sadia,
Nem a terra lhe faz falta.
Que absurdo! Quem diria!
E as cores? Nem falei nelas!
Ah! Sim, são das mais belas
Que ninguém pode igualar.
As cores são muito minhas:
São todas as alegrias
Que a vida sabe pintar,
Um segredo bem guardado
Que tu vês no meu olhar.
Mas, estas rosas estranhas
Uma coisa tem de igual:
São espinhos que magoam
Que só tu sabes tirar.
São as dores, o sofrimento,
O medo, a falta de alento,
A lágrima a deslizar.
Serão rosas verdadeiras
Estas que estou a mostrar?
Acho que são as primeiras
Que te devo ofertar...
Perdi-me nesta conversa!
E eu que queria rezar...
Mas, Maria, não fiques triste
Por estar de mãos vazias
Sem nada para Te ofertar.
Vai ser melhor, ó Maria,
Ao terminar este dia
Todos juntos, em familia,
Uma só rosa Te dar,
Uma Rosa que são muitas
Para Te bendizer,
Te louvar
Por seres mãe,
Seres filha,
Esposa em constante amar.
Avé Maria, Senhora.
Que bonito este falar!

Avé Maria, cheia de graça...

Maria da Conceição Silva
   (Carmelita Secular)
Via:
Padre José de Sousa


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