O ROSÁRIO De Fátima

«No “aquém”se reconhece… o “além”»

I - “Rosa Mística”
Rainha das flores”! Sublimes dotes os da rosa!
Maria de Nazaré... “é uma rosa”! Textura de veludo, forma delicada... cores suaves... místico aroma!
Todos os dotes foram confirmados por Nossa Senhora quando em Fátima se disse “Rainha do Rosário”... Virgem do “rosarium”... Abundância de rosas! “Jardim”…“rosal” !
Rosa Mística”... Flor humilde, de grande beleza, requinte e perfume. Atributos alcançados pelo absoluto conhecimento que possuía do Filho de Deus e Sua doutrina e incondicional dedicação ao Pai!
Rosa Mística”, pela abundância de benefícios que concede.
Assim entendemos a incondicional “rendição” de João Paulo II à Mãe de Jesus e ao Rosário:
Paradigma de Apóstolo; O sexto sentido leva-a intuir e penetrar recônditos, pormenores das nossas vicissitudes.
E enquanto rosas perfumadas caem do regaço da Mãe, o seu silêncio aconselha-nos: ter «paciência» e «perseverança»; Ninguém como ela ensina a perdoar «setenta vezes sete».

«- O Rosário... é a minha oração predilecta!» Dizia S.S. João Paulo II

II - “Antiguidade do Rosário”
 O seu uso é muito antigo. O seu ressurgir deve-se a São Domingos, que teria recebido de Nossa Senhora indicação para que “rezassem o Rosário”.
A vitória na Batalha de Lepanto, contra os Turcos em 1571, foi atribuída aos méritos da “Senhora do Rosário”. A devoção do Rosário foi aprovada por Urbano IV que determinaria que a festa de “Nossa Senhora do Rosário” fosse celebrada no primeiro Domingo de Outubro.
O Padre António Vieira dedicou-lhe trinta os sermões.

«- É uma oração marcadamente contemplativa; que requer
Ambiente tranquilo; deve desenrolar-se em rítmo calmo e com demora para meditar!»
O Rosário julga-se ser de origem bramânica, sendo comum a muitas crenças orientais antigas embora usando rosários diversos.
O “Terço”, sendo mais cómodo está mais popularizado que o Rosário.

III - Senhora da Saúde
A “memória” é parte importe da saúde. Os antigos sempre tiveram o uso do “Rosário”, como importante auxiliar da conservação da memória.»
Pela mesma razão que o “exercício físico” mantém a juventude... Esta prática ajuda a manter a vivacidade intelectual!

«- O Rosário, promove escolas de oração.»
O Rosário tem sido atacado mas, tendo raízes tão profundas, mantém todo o vigor e sempre volta sempre a florir.

«- É oração é urgente para invocar a Deus o dom da Paz!» 
 
IV - O Rosário é “Programa”
O rosário é simples enfiada de contas por onde se contam as “orações”. É “programa” por onde se pode saber quantas orações estão rezadas!

Goethe escrevera... «O Homem aprecia viver em espaços ordenados mas... limitados»; onde não se apercebam os limites, sente-se perdido!
O “fio do Rosário” ajuda a que nos apercebamos dos limites estabelecidos.

V – Insegurança
João Paulo II escreveu.
«... confiar de bom grado ao Rosário as ingentes causas da Paz no mundo e a causa da Família!»
Hoje, apesar das imensas facilidades, sentimo-nos “pára-quedistas”; estranhos à nossa família e à própria terra, temerosos de que algo de menos bom possa ocorrer.
A Humanidade tomou “caminhos modernos mas apressados” sem tempo para que se apreciassem os efeitos da mudança.

Nota-se que esta gentinha de Santa Maria... que «há dois mil anos vinha a amar e a louvar a Mãe de Deus confiadamente, sente que os tempos modernos foram de tal ilusão que negaram «seus princípios».
A “roupagem moderna” é “causa de “mal-estar”, em muitos casos e perda de “confiança”!
O “dinheiro” é oportunidade de protagonismo; sede de poder; porta aberta a vícios, a prazer e ao luxo…O resultado é miséria, “stress”, desemprego, fome, doença... e guerra!


“Nada libertará ninguém” das implacáveis leis da Natureza!
São muitos os que apontam a insegurança actual como perda de religiosidade, perda de princípios e de valores; dificuldades acrescidas na transmissão dos “valores” da nossa cultura aos vindouros.
O Povo foi levado a acreditar somente no moderno… embora não tivesse provas das vantagens!
De facto, vencidos muitos “factores limitativos do progresso”, insinuou-se que a “Natureza estava dominada” e que o sentimento religioso era já obsoleto e dispensável!

Deus criou o Homem livre! Livre nas relações com Deus e entre Irmãos!
Livre para optar ou não por Deus; para crer ou não, em Deus! Mas, enquanto o Homem habitar a Terra continuará sujeito às implacáveis Leis da Natureza e às leis dos Homens. Mas levará em conta que:

«Deus é Senhor da vida e da morte!»
Entretanto constatou-se que «ciência, tem conseguido apenas um “vale”, que permite «adiar a data do vencimento mas, não a resolução definitiva.»

A Igreja procura que os fiéis aceitem regras de “prudência” em relação ao cumprimento das Leis de Deus, da “Natureza e dos homens ”... Propõe que aceitemos uma “canga suave” e evitemos “jugos pesados”!
As “limitações” impostas pelo catolicismo são sempre “cangas suaves”, comparadas com as da Justiça.
Décadas descontroladas deram motivo a “visíveis” e “pesadas facturas” pagáveis com “exclusão social”, “solidão, “miséria”, “desemprego”, “fome”, “terrorismo” e “guerra”; E “morte”!

VI - O Santuário de Pompeia
O Beato Bártolo Longo, movido por forte crença mariana e respirando espírito católico novecentesco, tinha-se metido à obra de construção do Santuário em 1872, quando a cidade de Pompeia vivia em ambiente de miséria e grande pobreza material e moral.
O Santuário cresceu em certo ambiente de laicidade, embora se sentisse esperança de promoção social e espiritual.
Retornara ao tempo das súplicas de joelhos em volta do Santuário, “como em tempos primitivos”!
Em 2002 nove milhões de visitantes foram ali registados.

A construção do Santuário transformou-se num símbolo da moderna Itália.
O Santuário não teve origem ligada a um milagre mas ao Povo que acreditava na promoção social de Pompeia.
Quando da Guerra da Líbia, e da Primeira Guerra Mundial, o Santuário teve incalculável impulso de movimento religioso... e «quase nenhum soldado, deixara de levar uma imagem, uma medalha ou um Rosário!»
Hoje “La Madona di Pompei” é invocada mais como auxílio face à insegurança material e moral.

O Beato Longo, o entusiasta construtor do Santuário, dizia que quem reza o Rosário, “configura-se com Maria” e medita nos “Mistérios do Filho”.

VII - Beato Bártolo Longo
Dizia o Beato Longo:
«Tal como dois amigos, que se encontram, tendem a configurar-se nos mesmos hábitos, assim nós pela aproximação a Jesus e à Mãe, tendemos a ser como eles, “humildes”, “escondidos”, “pacientes”, “perfeitos” ...»

Bártolo Longo era advogado e foi já beatificado.
Quando a região de Nápoles vivia tempos difíceis, dedicou “os anos nobres da vida” ao Santuário e à reestruturação social presidida pela “Mãe” a quem hoje o Povo invoca e solicita auxílio.
La Madona di Pompei” é tida como “pilar central” da recuperação social da região.
VIII - Senhora da Ajuda
A “Mãe” de Jesus, falou muito pouco. Diz-se que ficaram registadas apenas sete frases.
As principais actividades de Nossa Senhora foram:
Obedecer”, “ouvir atentamente”, “aconselhar”, “ajudar”, “servir”,“consolar”, criar silêncio!
A sua dedicação a Deus é total! Admirava-se João Paulo II; Nossa Senhora foi “serva” e “mística”. Serviu a Deus! E serviu o Homem por amor de Deus!
«- Pelo Rosário somos levados a contemplar o rosto de Cristo na “escola da Mãe”! E por suas mãos somos levados a confrontar o Mistério de Jesus ao serviço do Homem. «No amor e em total dedicação e obediência ao Pai!»

IX - Senhora do encontro
A Senhora, foi ao encontro da prima Isabel; Foi ao encontro do Filho que ia a caminho do Calvário... Foi ao encontro do “Vale de Pompeia” e dos Pastorinhos de Fátima, e ao encontro de tantos vales de lágrimas...
Sofrida... Identificada com a dor do “próximo” como em Fátima! Aproxima-se, aconselha e “conquista”!
Como Mãe, que muito sofreu pelo Filho, identifica-se e sofre com os pais que sofrem pelos “filhos”!
Sempre atenta... Agora auxilia, logo atalha, além conforta; por vezes vai à frente, é “Senhora do Bom Caminho”, “Senhora do Bom Exemplo”, Senhora do Bom Despacho, Senhora da Esperança!
Onde ela está, o Filho é lembrado. A dramática “Pietá” que mostra o Filho morto em seu regaço!
«- Maria propõe continuamente aos crentes os Mistérios do filho.»
Maria “capta” o Homem, pelo silêncio.
O Filho mostra-se na maior grandeza: «- Sou o Caminho”, a “Verdade” e a “Vida!»:

Sentimos sempre na Mãezinha, “concentração mística”. É Mestra na arte da oração!» Sempre em atitude discreta e total atenção para com o Filho e ...não menos para com o “próximo”!
Na Obra do Reino de Deus, as atitudes reservadas por Maria para Seu Filho são diversas!
Maria na Redenção é “mística”. É silêncio! Atenta ao Filho, próxima do Homem, por amor do Filho... e tão discreta como pronta.
Maria é “Senhora” e em tudo ultrapassa o sublime! É Senhora da Rosa, é perfume, é “conforto”.
«- Maria pondera todas estas coisas, conservando-as no coração!
Jesus interpela Homens válidos e, pela “palavra”, explica-lhes o que é o “Reino de Deus”.
A Mãe de Jesus reserva-se para os marginalizados; perdidos na doença e na aflição do pecado e leva-os a Jesus que os conforta:
Disse Jesus a João.
«- Eis a tua Mãe!»
Os mais humildes são os mais numerosos; Aí estão os “incultos, os iletrados”, os menos capazes são eles os mais recomendados pela Mãe a Jesus! E junta-lhes, os pobres, os pecadores, os ladrões, frustrados e esgotados; “Entregam-se” sem reservas, nas mãos da Mãezinha, e deixam-se conduzir ao Filho!!

X - O Segredo De Fátima
«- Rezai o Terço!!!»
A mensagem de João Paulo II, de tão simples, facilmente passa despercebida. Mas ficara contida na memória do Povo como mensagem esquecida; e o tempo fê-la “segredo” e daí Sua Santidade ter apelado à nossa atenção!
O Papa encontrara “nos alicerces das Aparições”, a razão de ser do grande “segredo de Fátima”... “O Rosário!!!”
Seria necessária grande coragem para insistir em “ideia tão simples”!
Até aí ninguém dedicara tamanho empenho a causa do Rosário, aparentemente ingénua; mas que, ao Papa do «Totus Tuus» não foi indiferente e fez a sua recomendação:

« - Eu rezo diariamente o Terço! Mas, muitas vezes, rezo o Rosário!!!
Um Papa propor que se reze o Rosário, em tempos de Terceiro Milénio, tempo de tanta “ciência”…foi ter coragem! Por isso foi tido como “Papa da coragem”.
Só a convicção, “força” e autoridade do «Papa do «Tottus Tuus», lhe permitira tão grande “ousadia”.
Ousadia” que até aí faltara à “causa do Rosário”… Aquela veemência “paulina”, para que cada um de nós prestasse a atenção devida à mensagem da Virgem.
É bom lembrar que, tanto Jesus como S. Paulo evangelizaram a partir de mensagens eruditas. Nossa Senhora entregou-se por inteiro ao “silêncio” e “à simplicidade”. Nela encontramos uma atitude evangelizadora tendo a lealdade e rectidão, como vias de identificação com o Homem.
Aproximação aos mais simples, aos Peregrinos, como fez. Ele Papa... e também Peregrino!

«- Entre os Homens, ninguém consegue “aprender” melhor a “ler Jesus” que das mãos de Maria, que é Mestra e que ensina a estar atenta e observadora, como em Canaã!»
Atento e observador, João Paulo II lançaria os olhos sobre humildes criancinhas. Pastores e gente iletrada!
Se pensamos que “se aprende com os grandes”, S.S. procurou “o saber” dos mais pequenos; Deixou-se “prender” por multidões que peregrinam a pé... Peregrinos que cumprem promessas de joelhos, rastejam em direcção à Mãezinha.
Gentinha que se identifica com o candor dos pastorinhos e procura a proximidade da Senhora!
O Papa nem teve necessidade «chamar a atenção» para a valia da mensagem, pois tudo fora já dito. Sua Santidade juntou a força do exemplo à força do seu enorme poder persuasão para transmitir a Fé!

- Eu rezo o Terço... todos os dias!»
Falando de si; deu exemplo de quem caminha à frente e segue e sem medo!
Afinal o “Segredo de Fátima” era conhecido... Desvendou-o o prestígio de Sua Santidade que aceitara aproximar-se de peregrinos que, em coro, vão cantando e rezando, e de pés ensanguentados, por caminhos de Fé, vão para a Mãe!

  XI- O Controle da Mente
Sempre que alguém reza deve exercer sobre si algum modo que leve à interiorização! À reza é atribuído o controlo da mente; em atitude que leva à concentração na ânsia de “comunicar” com a Divindade.
A concentração exige algum controle sobre o ambiente.
Os dois principais “sentidos”, e os dois mais activos órgãos do corpo, são os maiores “responsáveis” pela dificuldade de concentração. Uns e outros são os grandes agentes de distracção.

Para que a mente não seja distraída e a oração resulte, São Bento recomendava aos monges que enquanto rezassem procurassem “andar sempre” «de olhos no chão».
A “visão” e a “audição” são os “sentidos”; a “boca” e as “mãos” são os órgãos do corpo que precisam de ser controlados para que seja possível alguma concentração.
Para controlo da “audição”, è desejável o silêncio; E assim é nos locais de oração.
A boca e as mãos controlam-se “incumbido-as” de tarefas apropriadas; à boca vai balbuciando orações, enquanto que as mãos percorrerão o Rosário.
Esquemas de oração colectiva, mais completos, levam a que a oração seja feita ora de pé, ora de joelhos ou sentada, por vezes intercalada de cânticos.

Rezar o “Rosário” é modo eficaz para acalmar a mente; Para que, se deixe adomar e levar ao repouso.
Usado de outro modo o “gesto” pode tentar evitar a sonolência; E a ajudar a manter a vivacidade de espírito.
Cientistas, disseram recentemente que, a comunicação é “oito vezes mais eficaz pelo gesto” que pela palavra! Diríamos que um “gesto vale oito palavras”. Talvez isto queira dizer que, pelo gesto, melhor “colhemos” o exemplo.
O bom exemplo que arrasta e leva à concórdia.
Mas a palavra “explica”, ajuda a compreender; Por ela acedemos ao conhecimento da minúcia do “pormenor” mais subtil.
Quem reza alcança tranquilidade, condição preciosa e essencial á saúde face à efervescência do Mundo de hoje.
Pela oração somos facilmente levados à acalmia e ao sono.
S. Domingos
Em certa “aparição” Nossa Senhora ensinaria a S. Domingos uma “arma sobrenatural” para que tivesse êxito na evangelização!


«- Meu filho ... Expõe de modo simples e claro as verdades da fé e os ensinamentos do Evangelho; Detém-te, de tempos a tempos com os teus ouvintes e dirige-me uma prece.
Expondo por este método conceitos entremeados de súplicas, esclarecerás os espíritos e ganharás seus corações.»

XII - A GRANDEZA DE DEUS
O nosso Deus não usará para connosco Misericórdia menor que a de Maomed.
O Deus de Jesus, não usa para connosco de clemência inferior.
Alá perdoava ao apóstata que já não podia expressar-se mas que simplesmente, perante quem o ia executar, simplesmente “levantasse um dedo”.

Não será pela quantidade de oração que nos havemos de salvar.
Será pela humildade e “entrega, como fez Jesus que dissera:
«Pai…nas Tuas mãos entrego o meu espírito.»
Humildes orações impetram abundante clemência da Mãe de Jesus, que tudo fará para que a última palavra seja de Paz.

XIII - “O Rosário”
O Rosário foi organizado num “concerto”, pleno de sabedoria e equilíbrio. É composto de várias orações: umas diversas, outras repetidas; intercaladas com cânticos e pequenos gestos que ajudam a manter a atenção. O simples hábito de “contar as orações pelos dedos” é, por si, “gesto” discreto e muito eficaz mas não tanto como “as contas do Rosário” que prendem mais a atenção.
Nas suas orações, os Muçulmanos são exemplo do uso do gesto que, de modo espectacular, lhes valorizam a oração.
Os Judeu hoje como sempre, quando rezam junto ao “Muro das Lamentações”, também não poupam gestos.
Os católicos na Missa intercalam momentos ajoelhados, de pé ou sentados; Cantam, fazem o Sinal da Cruz ou “dão a Paz” entre si.
Gestos que tem a finalidade de espevitar a vivacidade.
Algo de semelhante acontece quando se quer salientar o momento da próxima chegada de alguém; O próprio Jesus foi antecedido pelo “Percursor” que veio antes dele, para anunciar a vinda e chamar a atenção para o Messias.
Sua Santidade refere o Terço como menos exigente em tempo, e o Rosário mais apropriado para ser usado por idosos e doentes como gente mais disponível.

XIV - “Rainha do Rosário”

Os problemas da religião, como os da arte, começam por simples intuição depois... o tempo, a pouco e pouco, vai aproximando a compreensão do sentido das “Coisas”, A religião e a arte são avessas a pressas; Desvendam-se por si, a seu tempo.
Sem tempo é impossível aprender uma profissão ou completar um “curso”.
Há um tempo de “incubação” a vencer.

Foram necessárias décadas de “incubação” para que o “segredo de Fátima” tendo sido compreendido, se “revelasse”!
Santa Teresa de Ávila - fonte inesgotável de subtis observações, percebera com clareza a razão pela qual a Virgem dissera « - Rezai o Terço!» e contou esta passagem:

«- Um dia visitei a casa da Marquesa de Toledo!» Escreveria. Fora introduzida no salão da Marquesa e fiquei a aguardar!»
O salão era muito grande e muito belo; Recheado de tudo quanto de mais rico havia na mais alta nobreza castelhana.
Teresa viu tudo e ficou deslumbrada!
Passados dias lembrando-se do salão... notou que não conseguia recordar nenhuma das “maravilhas”!
Então Teresa recomendava às “irmãs” a importância da oração como modo de “desocupar” o pensamento a benefício das coisas mais valiosas!
«- A quem não pensa nada, desperta-lhe o pensamento para pormenores válidos!»
«- Pensar exige espaço mental livre para que se possa ver o essencial.»
Saber pensar é saber esquecer o acessório.
“Decisões a quente”são muito perigosas; Particularmente decisões tomadas por multidões em momentos de excitação.
Quem não pensa nada, pensará melhor!

«O Rosário é oração marcadamente contemplativa que requer
ritmo tranquilo e demora para meditar!»

XV- TERAPIA
O Terço como o Rosário, acalmam quem reza mas necessitam de tempo para meditação!
Muitos dizem sentir dificuldade em rezar, por dificuldade de concentração!
A dificuldade é apenas inicial; o Terço exige pequena adaptação e... só ao segundo ou terceiro mistério é que a “calma” surge e liberta da excitação; É necessária força de vontade para vencer a nossa excitação inicial. Depois é necessário “recorrer ao gesto” para evitar a sonolência.
Rezar trás acalmia e se não fazemos a nossa reza habitual, sentimos falta!

XVI - O TERÇO
Muitos fracassos sociais e familiares ocorrem por não ter havido tempo necessário para inculcar na juventude ideias e princípios saudáveis pelos quais devem reger-se “a família” e cada familiar individualmente.
Sente-se que se criam situações que podiam ter sido evitadas pelo uso do Terço... que levariam por caminhos saudáveis e seguros evitando sistemas de vida falaciosos.
O Terço compõe-se de cinco Mistérios.
Cada Mistério é formado por um Pai Nosso e Glória, representados por uma conta maior e mais espaçada; e por dez Avé-Maria representadas pelas dez contas menores. Termina o Rosário por um grupo de três Avé-Marias, habitualmente rezadas “pelas intenções do Santo Padre”.
O instrumento, que é o Rosário, é formado por contas enfiadas ou encadeadas e é igual a três Terços, em número de contas.
A beata Alexandrina propõe que “diariamente se reze o Terço”, a que faremos seguir alguns momentos de meditação!
XVII – Meditação
Compreende-se que hoje nos faltem hábitos de “meditação”! Tempo para “deitar contas à vida”.
As nossas preocupações ou as nossas angústias, podem recair sobre problemas pessoais, doenças, “medos”, desemprego, exíguos recursos etc.
Grande ajuda será alcançar tranquilidade; Tentar conduzir tudo a frio; apelar à autoconfiança e à força interior!
O recurso à reza é mais eficaz para quem tenha confiança, esperança e fé na oração e faça habitual uso do rezar.
Só aqueles que tenham prática de nadar, têm êxito quando recorrem á natação!

XVIII - Rezar As “Contas

O Povo falando do Rosário ou do Terço diz as Contas. “Contas” que contam orações.

Noutros tempos o Rosário compunha-se de quinze Mistérios; ou seja quinze Pai-Nosso e quinze Glória e cento e cinquenta Avé Maria.
Dez Avé-Maria em cada Mistério lembram, os dez dedos das mãos; para que não esqueçamos a multiplicidade de canseiras de ordem espiritual e natural de que continuamente se ocupam (ou ocuparam) as nossas Santas Mães, que revemos na “Mãezinha”.
Cozinham, lavam, ponteiam, fiam, tecem, etc. ...sempre a benefício da família ou de... alguém!
Cada oração é representada por uma conta que, fazemos passar pelos dedos enquanto a recitamos.

« - Percorrer os Mistérios do Rosário é frequentar a escola de Maria onde se ensina a compreender os Mistérios de Jesus!»

XIX « - Totus Tuus»

João Paulo II dedicou-se desde novo e profundamente a Nossa Senhora dizendo-se por isso: « - Totus Tuus!»; « - Sou todo de Nossa Senhora!» « - Todo de Maria!».
João Paulo II foi grande devoto da Virgem e a ele se deve a moderna “exaltação do Rosário” que, com insistência, promoveu!
Com a “força” que colhia da Mensagem de Fátima; S.S. passou a aconselhar veementemente o Terço; Como a mais empenhada dedicação à Virgem!
A frase do Papa:

«- Eu rezo o Terço diariamente... e muitas vezes rezo o Rosário!»
é sugestão, recomendação e veemente apelo!
Pressente-se que a exaltação do Rosário está a vulgarizar-se... notamos que muitos rezam o Terço como modo de ocupar pequenos tractos de tempo, perdidos em viagens e “tempos de espera”.
Se a “Cruz” e o “Calvário” prefiguram o ponto mais “elevado” e elucidativo da caminhada para “O reino de Deus” não é menos verdade que a “Mãe”, a “Virgem Maria” ou “Nossa Senhora”, prefigure inteiramente total dedicação ao “pobre Homem” por amor ao “Divino Filho”!
A devoção a Maria não é fácil de explicar por ser algo de intuitivo e acessível somente pelo “sentir”.
« - A haver vitória... ela virá por meio de Maria.» (August Hlond)
Só pelo “sentir”, poderá alguém aceitar que «a vitória virá, pela doçura da Mãe de Jesus!»
Pela doçura e pelo silêncio da Mãe somos levados a aceitar que, a resolução de diferendos pela força sempre suscitará agravadas retaliações!
Por isso, João Paulo II se dizia « - Totus Tuus!» e propunha Nossa Senhora, a ...“Rainha da Paz”!

XX - Difundir O Rosário

O Homem comunica livremente quando a sua mensagem é expressão plena de liberdade e empenho... então é todo o seu corpo que exprime quanto vai todo lá dentro... na alma! Então a comunicação realiza-se por todos os meios, pela palavra, pelas feições, especialmente pelos olhos, pelos gestos, pela novidade, pelo imprevisto.
Comunicar é expor um pensamento; é “enquadra-lo” em comparações, é defini-lo com ideias, situações e exemplos...e completar com explicações!
Pela necessidade de divulgar o Rosário... Pelas dificuldades que apresenta a divulgação, dizia Sua Santidade que:

« - Quem difunde o Rosário salva-se!»
O Povo apercebe-se melhor do valor da oração do Rosário como modo de unir e defender a Família e a Sociedade.
Dia a dia reconhecemos melhor a importância do Terço na ligação de familiares e de amigos» da Paz!
O Povo circunspecto, observando tudo ao pormenor, já vai dizendo... «as famílias que, em conjunto rezam o Terço... não se desunem.»
A “exaltação” da Morte na Cruz e a gloriosa Ressurreição, são o “climax” da magistral obra da Redenção, que é o “Reino de Deus”! As palavras de João Paulo II são determinantes:
« - A manhã de Páscoa é um olhar radioso pela alegria da Ressurreição.»
E a abundante Fé do saudoso Papa continuava a transbordar das palavras:
« - “Rezai ... sempre”
A última palavra será Paz!!!»



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Rosarium Virginis Mariae”
Na Encíclica de 16 de Outubro de 2002 o Papa João Paulo II promoveu a “requalificação” do Rosário juntando-lhe mais cinco Mistérios intitulados de “Mistérios da Luz”.
Assim o Rosário encerra referência completa à “Vida “Pública de Jesus”.
Quem reza o Terço pode optar pelos três Mistérios que melhor se adaptem ao sector da vida do Mestre que queira lembrar.
A nova organização lembra a vida de Jesus completa, do Nascimento, ao Calvário, à Ascensão; terminando com a Coroação de Nossa Senhora no Céu pelos Anjos.


1º Terço - «Mistério da Alegria» - contempla Anunciação, Nascimento e Juventude de Jesus;
2º Terço - «Mistério do “Reino de Deus”», ou «Mistério da Luz», acompanha a vida de Jesus pela Palestina até à instituição da Eucaristia;
3º Terço - «Mistério da Paixão», contempla a Paixão, terminando com a morte de Jesus, na Cruz;
4º Terço - «Mistérios da Glória» contemplam a Ressurreição e a Ascensão de Jesus, o Pentecostes, Assunção e “Coroação de Nossa Senhora, pelos Anjos.

O Santo Padre propõe que se rezem:

Às Segundas e Sábados: Mistérios da Alegria;
Livros proféticos do Antigo Testamento diziam que estava para nascer um Messias que viria salvar o Mundo.
Contemplam a Anunciação, Nascimento, a Infância e a juventude de Jesus.

Às Quintas: (Mistério novo) Mistérios da Luz, ou do “Reino de Deus”;
Contemplam os três anos da “vida pública de Jesus”, passados em cidades e aldeias da Palestina a pregar a “doutrina do “Reino de Deus”.

Às Terças e Sextas: Mistérios da Dor ou da Paixão;
Referem-se à “Paixão de Jesus” - à prisão, passagem pelo Tribunal judaico presidido por Caifaz e pelo Tribunal romano presidido por Pilatos; O “Ecce Homo”, “o caminho do Calvário, a crucifixão e morte de Jesus no Gólgota”.

Às Quartas e Domingos: Mistérios Gozosos ou da Glória.
Contemplam a Ressurreição de Jesus, a Ascensão ao Céu, por seus próprios meios; a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos e Nossa Senhora; Assunção de Nossa Senhora e a Coroação no Céu pelos Anjos e pelos Santos.


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